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É mais fácil ser egoísta, mas é muito mais prazeroso viver sendo altruísta. Os avanços tecnológicos nos levam cada vez mais a desenvolver atividades solitárias, tais como o uso do computador, do celular, de jogos eletrônicos etc. Aparentemente esta solidão torna a pessoa individualista, expressão capaz de distorcer a realidade quando mal citada, pois todos têm a sua individualidade. O perigo está em agir com egoísmo e não individualismo. O egoísta é aquela pessoa que deseja dar pouco ou nada, mas quer receber muito. Não está disposta a investir tempo para desenvolver um novo trabalho, mas depois do mesmo implantado e de apresentar bons resultados quer se apropriar de todos os benefícios. O egoísta normalmente é incompetente, pois não consegue criar e por isso quer ser aproveitar dos criadores. Ademar Batista Ferreira, presidente da Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sul (FEPEsul) disse que “numa breve análise é possível perceber o quanto não nos envolvemos em relação a assuntos coletivos. Normalmente não participamos da reunião de condomínio ou da associação de bairro, e quando nos dispomos a participar logo queremos ser líderes. Se os demais não concordam conosco fundamos a nossa própria associação.” É necessário aprender a conhecer a nossa individualidade (características que diferenciam umas das outras pessoas) para saber como contribuir com o grupo e controlar o egoísmo a fim de permitir que a participação nos grupos contribua com o crescimento de todos. Por diversos motivos, as pessoas deixam de participar de grupos que poderiam trazer muitos benefícios. Os mais comuns talvez sejam esquecimento, preguiça, falta de tempo, desorganização ou descrença nos possíveis resultados a ser obtidos naquele grupo. Lembro o início do grupo para estudar critérios para precificar os serviços contábeis. Participavam pouquíssimos empresários e alguns faltavam demasiadamente. Alguns reclamavam que não valia a pena tanto esforço para depois passar gratuitamente a toda a classe. Mesmo assim uns poucos “teimaram” e levaram adiante o trabalho que foi coroado de sucesso e hoje é adotado por grande parcela da classe empresarial contábil. Têm-se a impressão de que os pioneiros e desbravadores de novas terras, de associações e tantas outras atividades tiveram tarefa fácil. Tenham certeza de que a maioria dessas pessoas morreu antes de colher algumas homenagens, mas levou consigo a satisfação de conquistar o que era impossível para muitos. Fiz essa abordagem para incentivar as pessoas que desejam realizar algum trabalho em prol da coletividade e recebem pouco apoio, terminando por desanimar. Aquilo que conquistamos com pouco esforço não é valorizado nem por nós mesmos. O que é difícil ou impossível para muitos será realizado por alguém determinado a superar as barreiras, inclusive a falta de credibilidade e de pessoas dispostas a estender as mãos. Certamente ainda será criticada. O egoísta tenta se aproveitar do trabalho alheio, mas jamais conquista o reconhecimento verdadeiro. O altruísta contribui na realização das tarefas e além do aprendizado alcança a felicidade genuína pelos feitos realizados.

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